sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Lares do Futuro

"Todos nós temos medo do envelhecer! Não é a idade em si, porque ficar mais velho é inevitável e do mais natural que há! O que nos “atormenta” é ficarmos incapacitados de alguma forma, de depender doutrem para o dia-a-dia!


Então, se houvesse um lar em que juntassem idosos de vários “níveis”, ou seja, juntar septuagenários ou octogenários com todas as capacidades a outros menos capacitados, dando assim àqueles com “plenas funções” uma excelente oportunidade em mostrar o que (ainda) valem e que assim ajudam os menos capazes de passar um digno “resto” de vida!

Futurologia? Não senhor! Isso já existe, e ainda por cima em Portugal! Tudo começou com um sonho do Padre Domingos da Costa, pároco de Mexilhoeira Grande no Algarve. Há cerca de 20 anos iniciou a construção de raiz de uma nova aldeia para esse fim. São José de Alcalar fica a cerca de 9 km de Portimão, alberga neste momento mais de 100 idosos em cerca de 50 moradias. Assim vale a pena envelhecer, não acham?"

Fonte: Blog do Zig


Descrição Geral


"Este modelo de desenvolvimento tem por objectivo dar resposta aos idosos (qualidade de vida, assistência, cuidados de saúde, alojamento condigno, actividades lúdicas e de ocupação,..) e aos problemas de despovoamento do interior, contribuindo desta forma para um melhor ordenamento do território nacional, e ao mesmo tempo para que Portugal assuma um “cluster” neste domínio em termos europeus, valorizando os critérios de diferenciação de que usufrui (Sol, Espaço, Água, entre outros).

O modelo Aldeias Lar apresenta vários factores de inovação, tendo sempre por base a dignificação do idoso e o dotar de uma “vocação de Aldeia Lar” as aldeias e vilas do interior do país em processo de despovoamento, promovendo a qualificação de recursos humanos e a criação de emprego para os mais jovens. Nestas mesmas aldeias são criados serviços de apoio (cuidados paliativos, serviços geriátricos, entre outros, os quais podem ser privados, público privados ou públicos) os quais para além de servirem a população idosa ali existente servirão de igual forma os apartamentos com idosos que agora ali se vão instalar para usufruir de condições de qualidade de serviços e da paz que o interior pode proporcionar.

Nestas aldeias ou vilas poderão ainda utilizar-se e recuperar-se casas devolutas, desenvolvendo ainda a construção das unidades de apoio e apartamentos, em áreas de expansão previstas no Plano Director Municipal (o principal objectivo é que assim também a população residente beneficie dos serviços, e ao mesmo tempo, se criem melhores condições para a interacção dos utentes com a comunidade local, acesso aos serviços locais (restaurantes, cafés, mercearias, cabeleireira, barbeiro, entre outros);

Por outro lado, as Aldeias Lar deverão possuir serviços de apoio em permanência.

Os utentes deverão usufruir de um apartamento para si e respectivo cônjuge (na ausência deste partilharão o mesmo com outro homem ou mulher respectivamente).Nestes apartamentos, os utentes são ainda livres de deter alguns bens pessoais como, por exemplo, mobília e outros bens pessoais.

Nas Aldeias Lar serão ainda privilegiados programas com actividades para os idosos, bem como o atribuir de tarefas a todos os que queiram permanecer activos.

Partindo-se do princípio que a iniciativa da criação de Aldeias Lar pode partir de entidades Públicas, Público-Privadas ou Privadas, nada impede face à necessidade existente, que possam existir várias Aldeias Lar de um mesmo promotor ou de vários, e que estas estabeleçam entre as diferentes unidades uma relação que permita por exemplo a mobilidade e sazonalidade da permanência dos idosos, que tenham essa vontade e os requisitos para tal. Ou seja, desta forma uma pessoa idosa poderia permanecer uma temporada no Alentejo, outra no Algarve, outra no norte (por: exemplo), desde que existem aldeias lar, articuladas entre si (a taxa de ocupação era a mesma). O que se conseguia no fundo era a oportunidade das pessoas poderem quebrar a sua rotina e beneficiar de diferentes estruturas como quem passa férias em vários sítios, sendo desta forma uma maneira alegre de envelhecer."

João Emanuel Pereira Martins

Fonte: www.eprogress.pt

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